Hoje tive uma aula sobre Análise e Projeto OO com UML, como sou um entusiasta do assunto, procurei exprimir as idéias abordadas complementando com algumas leituras adicionais e, navegando por alguns sites relacionados com o assunto, encontrei um post interessantíssimo no blog da Webgoal. Darei então uma breve explanação da origem histórica do paradigma de orientação a objetos conforme explicado no blog citado e em sala de aula, seguido de algumas lições aprendidas e do meu ponto de vista. Vamos então ao que interessa!
A orientação a objetos tem sua origem nos anos 60 na Noruega, com Kristen Nygaard e Ole-Johan Dahl, no Centro Norueguês de Computação. Através da linguagem Simula 67, foram introduzidos os conceitos de classe e herança.
A orientação a objetos foi mais bem conceituada no laboratório da Xerox, em Palo Alto, sendo refinada numa seqüência de protótipos da linguagem Smalltalk. O líder desse projeto foi Alan Curtis Kay, considerado um dos criadores do termo “programação orientada a objetos”.
Alan Kay começou a programar em Simula depois de conhecer um inovador programa chamado Sketchpad. Sketchpad foi um editor gráfico desenvolvido por Ivan Sutherland, no MIT, em 1963. É considerado um marco na informática, sendo o primeiro editor gráfico orientado a objetos. Era possível colocar bits coloridos no canvas, mas também criar objetos que poderiam ser manipulados distintamente uns dos outros. O Sketchpad permitia que fosse definido um “master drawing“, a partir do qual seriam criadas “instance drawing” (herança).
Este paradigma tão utilizado atualmente surgiu na tentativa de solucionar problemas existentes no desenvolvimento softwares complexos e confiáveis com baixo custo de desenvolvimento e manutenção. A necessidade da época demandava por uma solução de nível de abstração de programação que se aproximasse mais do mundo real, com modelos e conceitos representativos. Chegou-se então à conclusão (ou abstração) de que o mundo real é formado por objetos que interagem entre si.
Outra conclusão importante que justifica o uso do paradigma da orientação a objetos é que representar esses objetos em um software é mais natural e permanente do que representar a sua funcionalidade (decomposição funcional), pois esta é mutável.
Logo, conclui-se que, se as abstrações não tiverem uma expressão direta (ou próxima) do mundo computacional, a complexidade da solução seria aumentada e não teriamos a nossa tão conhecida facilidade de desenvolvimento e manutenção em linguagens de alto nível (como Java ou .NET, por exemplo).
Ficamos por aqui pessoal. Um grande abraço e até o próximo post! 😉
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